quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Aos Famintos, uma Ceia!

Olá, senhoras e senhores. Hoje eu estou aqui para falar da maravilha que o futebol brasileiro presenciou no último dia 5. Cinco de Novembro de 2014, alguns meses após uma goleada homérica sofrida pela Seleção, o Brasil crava mais fundo a bandeira de país do futebol com dois jogos da mais pura qualidade e emoção. O resultado não poderia ser melhor.


Em uma das semi-finais, temos um Atlético Mineiro que levou 2x0 do Flamengo. Flamengo esse que era o atual campeão da competição (Copa do Brasil) e vinha embalado  na busca por um título que salvaria o ano do rubro-negro carioca. Assim como o ocorrido nas quartas-de-final, o Galo começou perdendo, e como fica a situação de um time que levou dois fora e leva um em casa?

Quatro gols eram necessários para uma virada que faria o lado alve-negro de Belo Horizonte ir abaixo. E, na mesma situação que estava nas quartas (contra o Corinthians), o Galo encontra quatro gols através da raça e força de vontade que só um time como o Atlético pode conseguir. O Galo é, realmente, o time da virada.


Enquanto este roteiro cinematográfico estava sendo proporcionado em Belo Horizonte, não muito longe dali, há 669 km, um embate tão hollywoodiano quanto se desenrolava. Em uma cidade de Santos chuvosa, o time da casa teria que ganhar do atual campeão brasileiro por dois gols de diferença se quisesse chegar na final. O jogo começou muito rápido: primeiro ataque do Santos e gol de Robinho.

Neste momento a disputa iria para as penalidades máximas, mas não houve tempo de cogitar tal desfecho: primeiro ataque do Cruzeiro e gol de Marcelo Moreno. A situação do Peixe era bem difícil. O Santos agora teria que fazer mais dois gols e não sofre nenhum para chegar até a final. Mas nada é impossível para um time que teve o Rei do Futebol por lá. Com mais dois gols, o alve-negro praiano praticamente escreveu sua classificação. Mas eu disse que o Cruzeiro era o atual campeão brasileiro. E isso não era à toa. Com 15 minutos restantes, a Raposa precisava fazer pelo menos um gol. Este sai com Willian. Com cinco minutos de acréscimos dados pelo árbitro, o Santos foi inteiro para o ataque em busca do gol da classificação.



Ir para o ataque naturalmente expõe a equipe. Eis que, no último minuto do jogo, o mesmo Willian que fez o gol da tranquilidade agora fez o gol do alívio. O jogo acaba em 3x3 e o Cruzeiro (que havia ganho por 1x0 em casa) enfrentaria o maior rival em um jogo que simboliza um estado de Minas Gerais que sobrepujou todos os outros nos últimos dois anos e irá decidir no campo qual o melhor.


Eu, como amante do futebol, não poderia querer uma final melhor! Um time que superou as adversidades e mostrou qua nada é impossível por dois anos seguidos. Um outro time que mostrou que o domínio pleno se dá através de organização e tática. A razão contra a emoção. A vontade contra a tática. Cruzeiro contra Atlético Mineiro. Belo Horizonte vai ficar pequena para esse que tem tudo para ser o maior confronto já protagonizado pelos dois maiores de Minas Gerais. Eu amo o futebol!