quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Diceme qué se siente


Olá, amigos e companheiros! Depois de muito tempo, eu, Rodrigo Coelho, estou retornando. Após mais de um mês sem aparecer posso dizer que "Eu voltei agora pra ficar",  como diria Roberto Carlos em sua música "O Portal".

Para este novo post irei atender a alguns pedidos e também pegarei carona no texto do Cadu desta semana. Farei minha primeira análise de um time, e para tal traçarei um panorama sobre a Argentina -  nuestros hermanos.

AFA- Associação do Futebol Argentino

Para início de conversa, quero dizer que não me surpreendi com a Argentina chegando a FINAL da Copa do Mundo. Já era esperado pela geração de talentos dos nossos vizinhos. Mas o que me espantou foi o fato da seleção ter conseguido organizar-se defensivamente, algo que nos últimos anos era o "calcanhar de Aquiles" do time.

Apesar disto, a defesa bem postada durou apenas os sete jogos da competição. Nos confrontos pós-copa, com Alemanha e Brasil, as antigas falhas voltaram a ser vistas - o que pode preocupar o início de trabalho de Tata Martino,substituto de Alejandro Sabella no comando técnico.

E, após anos sofrendo com goleiros de qualidade inferior ao esperado, os torcedores argentinos recuperaram a esperança na posição com a consistência e a boa colocação de Romero - que passou confiança para seus companheiros de defesa. 
*Entretanto, após a copa, o goleiro continua sendo reserva, agora no time italiano da Sampdoria. 


O camisa 10 e capitão do time Lionel Messi teve uma atuação bastante decisiva em alguns jogos da seleção na copa, mas ao mesmo tempo mostrou-se muito apagado em jogos mais pegados da competição. De qualquer maneira, Messi contribuiu com quatro gols e uma assistência. 

Desta forma, após a final, a FIFA o elegeu  como melhor jogador da copa, ao meu ver de modo contestável.

Léo, como é chamado carinhosamente por torcedores, não consegue manter o mesmo rendimento que tem no seu clube em grande parte das partidas jogadas pela seleção. Porém, se as defesas derem um centímetro de espaço para o baixinho, o estrago estará feito - perguntem isto ao zagueiros da Bósnia depois da Copa do Mundo. Até hoje estão procurando "La Pulga".

Passada a Copa, os resultados da fase de transição foram muito interessantes. 
A seleção carimbou a faixa da Alemanha, campeã mundial, vencendo por 4x2 em um jogo amistoso e goleou a fraquíssima seleção de Hong Kong por 7x0. Bem, bater em time morto é bom para testar novas opções.




O resultado que no momento nos interessa é o Brasil 2x0 Argentina em Pequim no último dia 11 de outubro. Os hermanos começaram  dominando o jogo, como já era esperado, pois atualmente estão muito melhores tática e tecnicamente. Porém, quando se trata do maior clássico do mundo, tudo se iguala dentro das quatro linhas e, muitas vezes, o empenho dos jogadores faz a diferença. Após o início avassalador os argentinos foram muito bem marcados e ficaram com pouco espaço para jogar. Agüero no primeiro tempo e Higuaín no segundo não tiveram boas oportunidades, sempre marcados. Na defesa o goleiro sofreu pressão, zagueiros e laterais sentiram dificuldade - tudo como de costume.

 Quem se salvou foi Javier Mascherano, que atuou como volante fazendo o primeiro combate na defesa e iniciando os ataques. Quando a coisa ficava "feia" ele fazia uma espécie de terceiro zagueiro com muita qualidade, pois está habituado a esta posição em seu clube. Por fim, o resultado da partida teve valor maior para os brasileiros, que tentam recuperar seu espaço no cenário após o vexame no mundial.


Dí Maria é hoje o principal nome da seleção, logo ao lado de Messi. O camisa 7 tem feito estragos aos adversários desde a última temporada europeia. Na seleção não está sendo diferente, o meia atacante tem chamado a responsabilidade para si com a camisa azul e branca, sendo muitas vezes o responsável pelas jogadas mais decisivas. 


O craque que se destaca pela técnica apurada e também pela velocidade tem causado dores de cabeça aos treinadores adversários, que constantemente sofrem para armar um sistema de marcação eficiente. A armação de jogadas argentina é muito boa, com variações táticas importantes. O que falta  é um bom finalizador que faça gols, pois Messi e Dí Maria nem sempre terão espaço perante os zagueiros.


A única contestação que tenho feito é sobre a ausência de Carlitos Tevez, atacante da Juventus da Itália. A federação argentina não se pronuncia sobre o caso, mas as informações que vazaram dizem que por questões políticas com o ex-presidente Humberto Grondona, e também uma suposta richa entre Tevez e Messi, podem ser os motivos da ausência do ex- atacante do Corinthians. O treinador Martino já sinaliza para uma volta de Carlitos nas próximas listas. 




Para finalizar, farei um pequeno relato pessoal com a torcida argentina. No dia da semifinal (com a Holanda) precisei ir ao Terminal Rodoviário do Tietê. Acompanhei a decisão por pênaltis pelo rádio. Eis que, minutos após o término da partida, muitos argentinos começaram a se deslocar pela rodoviária e arredores com seus gritos.  Eu, que sou extremamente patriota, não pude fazer nada mais que observar - o pior é que quando entrei no vagão do metrô o mesmo estava lotado de hermanos fazendo festa e piadas com a nossa seleção.  Senti que estava em uma zona de guerra (kkkk). História a parte, a torcida argentina fez uma bela festa por onde passou.

A Argentina, como sempre, será nosso principal adversário durante as eliminatórias para a próxima Copa do Mundo. Serão duas partidas muito difíceis para ambas as seleções, onde a individualidade poderá fazer a diferença. 

Então, espero que tenham gostado do texto. Aguardo comentários de vocês, estou sempre a disposição para ouvir a todos! Até a próxima, amantes da arte chamada futebol.



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